terça-feira, 24 de março de 2009

O fim.

Diálogo real (5 de outubro de 2008)

R: Oi, padre. Eu de novo.

P: Quer parar com isso de “Oi, padre”. Sou seu primo, *****!

R: Seja profissional e respeite o local, ok? Caramba.

P: Tá, tá. Então, o que fez ontem… ahn, filho? Pecou?

R: …

P: Ei, (NOME CENSURADO). Ei!

R: Pode abrir esse negócio e falar comigo… cara-a-cara?

P: Claro. Claro, o que houve?

R: Quanto tempo está nessa igreja?

P: Dois anos.

R: Eu não vim antes, e… foi mancada. É uma bela igreja. Todos esses detalhes dourados e anjos gordinhos. Os olhos podiam ser mais bem feitos. Aquele ali parece que tá infartando.

P: O que aconteceu?

R: … eu não sei. Sabe quando… o que há com as pessoas, cara? Por que… isso é besteira.

P: Toma, usa isso. Não, pode usar. Não sou eu que lavo mesmo. Escuta, já votou?

R: Já.

P: Vamos tomar um porre de vinho. E depois você me conta o que aconteceu.

R: Eu não bebo.

P: Talvez. Mas mesmo assim vamos fazer isso.

R: Cortou o cabelo. Ficou bom.

P: E o seu está… desculpa, não sei elogiar homem.

R: …

P: Quer um abraço?

R: Não. Sim. Não. Sim, eu quero. Quero um abraço.

P: As coisas acontecem e na hora a gente pergunta se merecia ou se foi apenas vítima de um destino cruel. Mas o fato é que não compreendemos, não somos capazes de compreender como Ele pensa. Quero dizer, o cara mandou o próprio filho para ser torturado e crucificado, *****! Imagina o que Ele é capaz de fazer com a gente então.

R: Não preciso imaginar. Ele é como um traficante que pega um sujeito limpo, oferece drogas e faz o cara ficar viciado em algo que antes nem precisava. É isso. Seu chefe é um babaca.

P: Está na pior por isso vou dar um desconto. O estilo dele é truculento, mas o cara é uma mãe. Olha pra mim, dá pra acreditar que eu iria estar aqui ainda? Emprego, uniforme, mandando os outros rezarem, ouvindo um bando de fofocas o dia todo. Tudo fará sentido no final. E você está aqui, não está? O próprio (NOME CENSURADO) dentro de uma ***** igreja. Hahahah! Aleluia.

R: ****. Amém. Isso funciona?

P: O microfone. Claro, por que? Vai fazer um sermão?

R: Liga o som e vai pro piano.

P: É um órgão.

R: Hahaha! Você disse “órgão”.

5 minutos depois…

P: Pode começar. No três. Três, dois… vai!

http://tinyurl.com/dcxov6

R: As I walk this land with broken dreams, I have visions of many things. Love’s happiness is just an illusion filled with sadness and confusion. What becomes of the broken hearted? Who had love that’s now departed? I know I’ve got to find some kind of peace of mind.

P: Maybe, yeah!

R: The fruits of love grow all around but for me they come a tumblin’ down. Every day heartaches grow a little stronger. I can’t stand this pain… much longer. Desculpa, desliga tudo!

P: I walk in shadows searching for light. Cold and alone no comfort in sight, hoping and praying for someone to care. Always moving and goin to where.

R/P: What becomes of the broken hearted? Who had love that’s now departed? I know I’ve got to find some kind of peace of mind. Help me, please.

P: I’m searching though I don’t succeed, but someone look, there’s a growing need. Oh, he is lost, there’s no place for beginning, all that’s left is an unhappy ending. Now what’s become of the broken-hearted who had love that’s now departed? I know I’ve got to find
some kind of peace of mind.

R: I’ll be searching everywhere just to find someone to care.

P: I’ll be looking everyday…

R: I know I’m gonna find a way, nothings gonna stop me now… nothings gonna stop me now… stop me now.

P: Agora o vinho!

Um comentário:

  1. Se eu um dia tivesse econtrado um padre assim eu teria continuado católica.. se bem que o "senta e levanta" sempre me deixou meio irritada..

    "..O estilo dele é truculento, mas o cara é uma mãe.."

    ElE sempre sabe o que faz, disso eu tenho certeza. Por pior que uma situação possa parecer as coisas sempre dão certo no fim... Ainda acredito no cara, por mais que as vezes a minha vida parece uma droga.. :P

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