terça-feira, 24 de março de 2009

Aquele onde as árvores tombam sem fazer som

H: Um dia um monge dormiu sob uma árvore e sonhou que era uma borboleta. Quando…

R: O monge era gay?

H: Que?

R: Esse monge, ele era gay?

H: Acho que não. Eu não sei. Isso não importa.

R: Não importa ou você não se importa?

H: …

R: Temos um problema, Houston?

H: Posso continuar com minha parábola? Obrigado. Onde eu estava?

MLK: Monge gay sonhou com borboleta.

H: Isso. E o sonho foi tão vívido que quando ele acordou, o monge não sabia se ele era um monge que sonhou ser uma borboleta ou se era uma borboleta que estava sonhando ser um monge.

R: Entendo. Que ***** é essa?

H: É um problema filosófico sem solução cujo objetivo é…

R: É a opção “a” é claro!

H: Acabei de dizer que o lance é exatamente o problema não ter solução!

R: Herbert, uma borboleta tem o cérebro, ou aquilo que insetos estúpidos tem equivalente a cérebros, do tamanho de uma cabeça de alfinte. Acha que esse **** seria capaz de sonhar algo tão complexo quanto a opção “b”?

H: …

R: Acha?

H: Não.

R: Então logo só resta a opção “a”. De qualquer maneira, o sonho dos dois lados é idiota.

MLK: E gay.

R: E gay. Sonhar que é uma borboleta… francamente.

H: Ok, ***** vocês dois. Mas tenho mais uma. Uma árvore tomba numa noite tempestuosa sem ninguém testemunhar esse fato. Ela faz algum som?

MLK: Faz. Mais ou menos o mesmo som que faria se tivesse testemunhas. Claro que faz. E aposto que era a mesma árvore que o monge gay dormiu embaixo. A árvore se matou de desgosto. Rá rá! Por que não está rindo?

R: A árvore não fez som algum. Porque as coisas só se tornam reais quando compartilhadas com os outros.

H: … Isso! Exatamente. Alguém diga “amém”!”

MLK: Amém.

H: Alguém diga “aleluia”!

MLK: Aleluia.

H: Como sabia essa resposta?

R: Minha avó morreu sozinha num asilo. A família inteira votou e ela morreu sozinha num asilo. Sem ninguém que ela conhecesse por perto.

H/MLK: …

R: Sem fazer som.

http://www.youtube.com/watch?v=LTI3tqSOGD8

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